Equipe de cientistas da
Universidade da Califórnia, nos EUA, desenvolveu uma nova técnica que permite
identificar quais gânglios linfáticos são cancerosos durante a cirurgia, de
modo que o tecido saudável pode ser salvo.
"Esta pesquisa é importante porque mostra em tempo
real a detecção intra-operatória de metástases do câncer em camundongos. No
futuro, os cirurgiões serão capazes de detectar e classificar o estágio do
câncer que se espalhou para os gânglios linfáticos do paciente utilizando
nossas moléculas", afirma a pesquisadora Quyen T. Nguyen.
Gânglios linfáticos, localizados em todo o corpo, servem
como filtros que contém células do sistema imunológico para combater infecções
e limpar o sangue. Quando as células cancerosas rompem de um tumor, as células
podem viajar através do sistema linfático e se esconder nesses órgãos
minúsculos.
Cirurgiões removem os gânglios para determinar se o câncer
se espalhou. No entanto, gânglios humanos, com apenas metade de um centímetro
de tamanho, são difíceis de discernir entre o tecido circundante durante a
cirurgia. Além disso, mesmo quando os cirurgiões são capazes de mapear a
localização dos nodos, não há nenhuma técnica atual que indica se os gânglios
linfáticos contêm ou não câncer, exigindo a remoção de mais nodos linfáticos do
que o necessário.
"Com a nova técnica os cirurgiões podem evitar a
remoção desnecessária de linfonodos saudáveis que é melhor a longo prazo para
os pacientes. O intervalo de campo visual do cirurgião é aumentado por uma
ferramenta molecular que pode ajudar a alcançar margens cirúrgicas precisas e
melhorar a detecção de metástases de modo que nenhum tumor é deixado para
trás", afirma Nguyen.
As moléculas marcadas com
fluorescência, conhecidas como RACPP, são injetáveis. Quando testadas em modelos
de ratos, os cirurgiões puderam ver para onde o câncer havia se espalhado com
alta sensibilidade e especificidade, mesmo quando as metástases tinham apenas
alguns milímetros de tamanho.
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