O professor Minrui Yu,
e sua equipe, da Universidade de Wisconsin em Madison, conseguiram
fazer células nervosas de ratos se ligarem umas às outras em uma rede de
pequenos tubos de semicondutores. O experimento utilizou pequenos tubos de
diferentes tamanhos feitos de semicondutores como silício e germânio. Esses
objetos eram suficientemente pequenos para que os dendritos (prolongamentos do
neurônio) de uma célula nervosa passassem através deles, porém não eram grandes
o bastante para que o corpo da célula coubesse inteiro nele. Em seguida os tubos
foram recobertos com células nervosas de ratos. Foi então observado que as
células começaram a enviar seus dendritos através dos túneis de semicondutores,
como que procurando caminhos. Os dendritos percorreram trechos sinuosos
projetados pelos pesquisadores para conseguir “encostar” em seus vizinhos. Ou
seja, os pesquisadores determinaram o caminho a ser seguido.
Sabemos que
células nervosas têm intrinsecamente, um sistema de busca, que as faz procurar
uma outra para, fisicamente, se ligar a ela; entretanto, não se sabe como se dá
esse mecanismo. O passo seguinte deste estudo pretende responder a essa
pergunta e também observar se as células, que agora formam uma estrutura
híbrida com os semicondutores, se comunicam de forma normal entre si. Para
tanto, os pesquisadores deverão instalar dispositivos elétricos para gravar a
comunicação entre elas. Este pode ser o primeiro passo para um mecanismo capaz
de reconectar terminações nervosas interrompidas, pois o que se espera é que os
resultados da pesquisa ajudem a achar uma forma de fazer com que alguma espécie
de componente elétrico ajude a restabelecer conexões interrompidas em células
nervosas, como, por exemplo, em pessoas que tiveram secção da medula.
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