Thassia Mariane Teodoro
Biomédica, microbiologista, administradora do blog Biomedicina em Ação e Coordenadora de Relações Públicas da Domus Cursos.
Muitas vezes já me perguntaram quanto aos motivos que me levaram a escolher a Biomedicina. Sempre respondi muito empolgada: tenho amor pela ciência, pela saúde, pelo novo. Conto com certo orgulho que desde criança soube que seguiria essa área.
Dizia: vou ser cientista! Cheguei a ganhar alguns tubos de ensaio de tanta insistência, e fazia minhas experiências pra lá de esquisitas. Na adolescência me envolvi com jornalismo e conheci a internet. Depois, decidi que cursaria biomedicina. Juntei o gosto pela escrita e pela comunicação com a biomedicina e ciência. Criei o Biomedicina em Ação para compartilhar o conhecimento que adquiro diariamente.
Depois de formada, me deparei com um mundo (real) da má valorização dos profissionais da saúde. Obviamente, isso sempre foi muito claro na minha cabeça, mas sentir na pele a falta de reconhecimento, sobretudo do biomédico, me fez perceber do que isso de fato se trata.
E as especulações começaram: “se não é valorizado, por que você fez biomedicina?”. E quando fui convidada a escrever aqui no BioLâmina, pensei em justamente falar sobre isso: por que eu não desisto?
Devo ser sincera e dizer que no começo, quando me vi com dificuldade de encontrar emprego, pensei em desistir. Procurei me formar bem, buscando aprimoramentos, para entrar rápido no mercado de trabalho e adquirir a experiência que somente o estágio e a graduação em si não nos oferecem. Não foi tão simples assim. Mas eu não desisti.
Em primeiro lugar, o amor pela ciência e pela saúde fala mais alto todos os dias. Saber que eu sou peça fundamental para um diagnóstico, e que, com bases científicas, consigo entender o que o paciente está passando sem ao menos conhecê-lo: isso é espetacular.
Em segunda instância, não desisto pelo simples fato de que eu nem comecei. Há ainda muito conhecimento a ser apreendido, há muitas vidas para ajudar, há muita ciência para promover. Nós, biomédicos, temos o privilégio de todos os dias termos um mar de informações disponíveis a nós, e que com o nosso conhecimento, conseguimos aplicá-las para a melhoria da saúde e do meio que nos cerca.
E há muito que fazer pela biomedicina. O mundo precisa conhecê-la, respeitá-la. O biomédico precisa ser mais bem valorizado. Transformo o desejo de desistir em um desejo de mudança. Acredito que posso fazer muito pela minha profissão, e que estou no caminho certo.
“O poder da criação é divino, mas o da transformação é nosso”. Essa frase define a responsabilidade depositada nas mãos dos biomédicos, assim como a vontade de cuidar, preservar, transformar e salvar a vida humana. É exatamente por isso que não desisto, é por isso que vejo
um futuro promissor para mim e para a Biomedicina.
Galera perdoem-me se a formatação não estiver boa estou sem computador e postei pelo celular. Ok!?