A análise da urina foi na realidade o começo da medicina laboratorial. Os quadros que representavam os médicos da antiguidade, os chamados "profetas da urina", geralmente os mostravam examinando um vidro ou frasco de urina.
Embora não contassem com métodos sofisticados de exame, eram capazes de obter informações diagnósticas de observações básicas, tais como: cor, turbidez, odor, volume, viscosidade, e até mesmo a presença de açúcar em certas amostras capazes de atrair formigas.
E é muito interessante notar que essas mesmas características urinárias ainda hoje são utilizadas nos laboratórios.
Contudo hoje em dia crescemos e não analisamos somente os aspectos físicos, mas abrangemos as partes químicas e microscópica dos sedimentos urinários.
Muitos nomes conhecidos da história da medicina estão ligados ao estudo da urina, inclusive Hipócrates que no século V a.C. escreveu sobre "uroscopia". Os médicos dedicavam-se bastante na arte da "uroscopia".
Foram criadas tabelas de cores que descreviam o significado de 20 diferentes cores por volta de 1140 d.C.; Com o tempo os exames foram evoluindo e saíram do "teste da formiga" e do "teste do gosto" (verificação de glicose), para a descoberta de Frederick Dekkers, em 1694, verificando a albumina presente na urina através de sua fervura, como também o teor de ouro. prata e chumbo na urina.
Após a invenção do microscópio (século XVII) Thomas Addis criou métodos para quantificação do sedimento microscópio.
Em 1827, a uroanálise foi introduzido como parte do exame de rotina por Richard Bright. Por um período na década de 30 a complexidade e o número de exames na uroanálise atingiram o ponto da impraticabilidade e essa uroanálise começou a desaparecer; Felizmente o desenvolvimento das modernas técnicas de análise resgatou a uroanálise e tem mantido como parte integrante do exame do paciente.
Baseado no livro: Uroanálise e Fluídos Biológicos de Susan KING